Eduardo Ferroni, Pablo Hereñu (autores) e Thiago Moretti (colaborador).

A espacialidade desta casa resulta da somatória de duas ações: a construção do chão e a construção do abrigo.

O lote de esquina, com um conjunto de árvores existentes e uma leve pendente, padece das deficiências do sistema de drenagem da região, que tornam necessária a criação de uma pequena plataforma-dique perimetral junto à divisa leste do terreno. Através de um desenho sinuoso, esta se ajusta à posição das árvores e configura acessos, pátios e terraços ao ar livre.

O abrigo se organiza em dois volumes paralelos implantados de modo a preservar e incorporar as árvores existentes no lote e caracterizar os espaços livres à sua volta. O primeiro, próximo à divisa norte, ocupa o térreo e abriga os programas sociais. O segundo é elevado, e permite a ampliação do pátio central até os limites do lote.