Parque Central-Sul

Águas Claras-DF, 2017

Equipe: Eduardo Ferroni, Pablo Hereñú, Camila Paim, Camila Reis, Levy Vitorino, Amanda Domingues, Giovanna Albuquerque, Leonardo Navarro, Luis Rossi, Nicolas Le Roux e Hidrostudio (consultoria)


Um parque

O Novo Parque Central-Sul de Águas Claras vem preencher a ausência de elementos de escala intermediária dentro do sistema de espaços livres da região (diagrama 01), caracterizado atualmente por um conjunto de pequenas praças de caráter local, distribuídas uniformemente por seu território, e o extenso Parque Ecológico. Ante um conjunto relativamente fragmentado de parcelas fundiárias e diversificado de programas e usos, o projeto busca a unidade: unidade física, através de um elemento de circulação articulador; e unidade simbólica, por meio de procedimentos análogos de desenho de suas infraestruturas.

Paisagismo Infraestrutural

O ponto inicial das decisões do projeto é a concepção integrada das redes infraestruturais, destacadamente as de drenagem e micromobilidade, como infraestruturas paisagísticas. A compreensão de dados concretos (topografia, clima, acessos, conexões, entorno) e a incorporação de funções objetivas (retenção e tratamento das águas pluviais, mitigação ambiental dos efeitos da urbanização circundante, umidificação do ambiente, universalização do acesso), formam um substrato inicial ao qual vão se agregando decisões de natureza mais subjetiva (espacialidades, ambiências, intenções, linguagem). As curvas de nível indicam uma linha de drenagem; ao canal se associa um caminho; ambos demandam sombra, para redução da evaporação e conforto dos usuários; maior ou menor disponibilidade de água orienta a escolha das espécies; o entroncamento dos cursos d’água e dos caminhos amplia a escala dos espaços e fluxos; a rede organiza nós e clareiras; são produzidas centralidades e posicionados os programas.