Centro Administrativo Maranhão

São Luis, MA, 2013

CONCURSO NACIONAL: 2º Lugar / EQUIPE: Eduardo Ferroni, José Paulo Gouvea e Pablo Hereñú; Denis Ferri, Diogo Pereira, Ivan Mazel, Natália Tanaka e Nathália Grippa.


A organização administrativa de um Governo Estadual, para cumprir adequadamente sua missão, deve adequar-se continuamente às transformações sociais vividas pela população à qual presta contas. Da mesma maneira, o suporte físico/espacial que abriga esta instituição, para ser eficiente, deve possibilitar que essas transformações se acomodem de forma orgânica e estruturada. Além disso, esse suporte deve ser pensado no tempo, com um conceito claro e uma identidade capaz de nortear sua forma de crescimento e sua lógica de expansão.

O Novo Centro Administrativo do Maranhão aqui proposto se organiza como uma árvore.

Um edifício-tronco articula as múltiplas ramificações – existentes, novas e futuras – e, no momento em que toca o chão, em que finca suas raízes, configura o acesso público a todo o Centro.

A implantação do complexo foi planejada em etapas, de modo a atender às demandas iniciais por novas áreas e deixar claramente configuradas as possibilidades de expansões futuras, até o limite do potencial construtivo disponível. Além disso, procurou-se conformar ao final de cada etapa, um conjunto resolvido, íntegro e coeso.

A primeira etapa inclui a implantação do Edifício-Tronco do Bloco de Eventos (auditório, restaurante e salas multimídia) e de uma torre de escritórios (Torre 02) que abriga a Governadoria e um conjunto de secretarias. Estas três edificações totalizam aproximadamente os 13.500 m2 de novas áreas solicitadas no Termo de Referência. Ao conectar-se aos três edifícios existentes (E1 / E2 / E3) através de passarelas, conformam um conjunto funcionalmente integrado na escala do usuário.

As expansões futuras se somam organicamente a este conjunto inicial. A Torre 01 se acopla ao tronco sem grandes interferências. O prolongamento do tronco no sentido sul, com a substituição das instalações da Escola de Governo, permite interligar o edifício da SEFAZ e abre espaço para a implantação das torres 03 e 04. No intervalo entre as torres, garagens em rampa, de baixa altura, resolvem a demanda por vagas adicionais de estacionamento.

Em sua configuração completa, o conjunto alcança o limite do potencial construtivo (98.500m2) respeitando a taxa máxima de ocupação (30%) e o gabarito máximo de 15 pavimentos.

Oconjunto de edificações confere ao Centro uma presença marcante na paisagem urbana que ressalta o seu caráter público e sua dimensão simbólica.