E. E. União de Vilanova III e IV

São Paulo SP, 2003/2005

ARQUITETURA: Antonio Carlos Barossi, Eduardo Ferroni, Milton Nakamura e Pablo Hereñú COLABORADORES: Anna Helena Villela, Eliana Uematsu, Fernanda Palmieri, Fabiana Cyon, Leila Hussein, Olívia Salgueiro, Silio Borges ESTRUTURA: SB Projetos – Sidnei Barnabé (Concreto) Oficina de Arquitetura e Estrutura – Sergio Oliveira (Metálica) INSTALAÇÕES: MBM Engenharia CONSULTOR DE FUNDAÇÕES: Zaclis Falconi e Engenheiros Associados CONSULTOR DE ESTRUTURAS: Eng. Ruy Bentes COORDENAÇÃO DO PROJETO: FDE: Siméia Pinto, Sandra Canashiro, Mirela Melo COODENAÇÃO DA OBRA: FDE: Sérgio Rubens CONSTRUTORA: Massafera INÍCIO DO PROJETO: Julho de 2003 CONCLUSÃO DA OBRA: Dezembro de 2005


O bairro União da Vilanova, na Zona Leste de São Paulo, se configura como uma ilha em meio ao Parque Ecológico do Tietê. A desagregação urbana gerada pelo seu isolamento (Rio Tietê a Norte, pelo Córrego do Jacu a Leste e Pela Ferrovia a Sul e Oeste), associada à carência de infra-estrutura, de áreas livres e de equipamentos, teve seu rebatimento no plano da desagregação social.
A área onde este projeto se insere foi reservada, na proposta de urbanização desenvolvida pela CDHU, para a implantação de duas escolas estaduais e um posto de saúde.
A exigüidade do terreno em “L” levou à solução em um único edifício integrando as equipes de arquitetos que haviam sido contratadas.
A escola que atende às turmas de 1ª à 4ª séries tem seu recreio e quadra esportiva externos, localizados no nível térreo. A outra, que atende às turmas de 5ª série ao 3° colegial, aproveita a cobertura da primeira para criar um grande espaço interno no terceiro pavimento que abriga os programas esportivos, de convívio e recreação.
Uma praça de acesso localizada junto à rua de menor circulação de veículos marca o endereço público das escolas e permite o encontro de todos os pais e alunos.
A implantação norte-sul do edifício demandou o controle da insolação nas faces leste e oeste. Um plano de sombreamento foi criado utilizando elementos vazados cerâmicos de 10x10cm.
Este plano se configura por faixas contínuas que dão unidade ao conjunto e criam frestas para o desfrute da paisagem.
A associação das escolas em um único edifício e a verticalização imposta pelo reduzido lote fizeram que a construção assumisse um porte destacado na paisagem transformando-se em uma importante referência no bairro. Associados à atual política de aproximação dessas instituições à vida cotidiana da comunidade, como locais de cultura e lazer, estes equipamentos têm a possibilidade de re-qualificar a escola como um lugar público por excelência.